Renque de urtigas negras, ó basalto!
Marítimo país,
mais pobre pedra que pedúnculo ou raiz,
marítimo e descalço.
Já os ombros levantam sobre o asfalto
das nuvens as cidades por abrir.
Tu morres lentamente de perfil
alto.
Último azul, ó pedra tumular,
que importa que te chames Portugal.
[Orlando de Carvalho, Sobre a Noite e a Vida]
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