quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Hai ku

destruo
o destro
destronado

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A Ilha de Moçambique, de Ângelo de Sousa

«Vivi na Ilha de Moçambique até aos sete anos [...] Estava tão bem ali. A ilha era pequenina. Havia um automóvel do piloto Nunes, um Fiat pequenino. Tinha uma actividade desportiva razoável. Fazia-se teatro amador . Cinco mil pessoas contando com a população indígena. A escola primária tinha cem crianças.»

«A luz eléctrica, ligavam-na às seis da tarde e desligavam às onze da noite - tinham um gerador. As geleiras eram a petróleo. Não havia aspiradores. Não havia carne porque não havia gado; comia-se galinhas e coisas do mar. Costumo dizer com graça que fui criado a lagosta. Lagosta era ao preço do pão. E fruta: bananas, papaia, toda a gente tinha papaeiras em casa. Leite era condensado».

[Ângelo de Sousa, Pública, de 25.01.09]

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Alba

A Sebastião Alba (Dinis Albano Carneiro Gonçalves)


Poeta sem abrigo?
Qual quê! Só quem o não conhece
Poeta de todos os territórios
poeta da rua, sim
poeta vindo do nada
poeta da vida e da interpelação
poeta vivente, total
a coberto da telha vã
do alpendre da capela de St.º Adrião
(que estranha centralidade telúrica)

O Alba morrerá postumamente
como soem morrer
os que não morrem
de atropelamento e fuga

Meu caro,
gostava de ter escrito um bilhetinho informativo
como o teu
sobre o espólio de um morto resistente

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Hai ku

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