Mas teve também, como amigas, entre outras, Beatriz Tomé Monteiro e Luísa Cruz (esposa de Marcelino Cruz, ambos futuros contabilistas da sociedade com o tio Domingos), as quais trabalharam no Entreposto, bem como Ninela e Anita Quadros (que trabalhou na Zuid).
José dos Reis Bravo, com amiga
José dos Reis Bravo ao volante (à direita) de um veículo. Na parede, pode ver-se, ampliando, um cartaz de propaganda política ao regime do Estado Novo.
O tempo de alistamento no serviço militar chegara, e José dos Reis Bravo é incorporado no Esquadrão de Cavalaria de Moçambique no ano de 1953. Embarcou na Ilha de Moçambique, no paquete Moçambique, para Lourenço Marques, em ocasião em que a instrução era ministrada em Boane, para, depois desse período inicial, passar para o aquartelamento na capital. O paquete Moçambique, que transportou José dos Reis Bravo da Ilha de Moçambique para Lourenço Marques, quando foi incorporado no serviço militar
José dos Reis Bravo (ao centro) com grupo de amigos, na viagem da Ilha de Moçambique para Lourenço Marques
Foi um tempo de grande camaradagem, em que, a par das actividades estritamente militares – que cumpriu como cabo –, e de treino de cavalaria, continuou a praticar diversas modalidades desportivas. Aspecto do Esquadrão de Cavalaria de Moçambique
Adaptou-se com agrado à exigente e disciplina da vida militar na arma de cavalaria, ficando para sempre ligado à prática da equitação (vindo a ser membro do Clube de Equitação de Nampula) e com grande gosto por cavalos, que trasmitiu aos filhos.
A rotina do dia-a-dia da vida militar - em que avultavam os exercícios nas denominadas «barreiras» (taludes de forte inclinação sobre a baía) - era também compensada com alguma diversão, na qual se compreendem alguns namoros, na Lourenço Marques dessa época, uma cidade em formação, marcada por estigmas coloniais, certamente, mas já cosmopolita, multicultural e moderna.
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