terça-feira, 25 de maio de 2010

Ademar

Há-de-Mar


Na morte do Ademar Ferreira dos Santos


Dissesse o que dissesse
sempre disse o que pensava

era como um cavalo
sem selo nem sela
correndo livre
contra todas as correntes

O Ademar não se cala assim
no súbito da morte quotidiana,

ele, que apenas nos proibia
a indiferença
continuará a sua luta
contra o conformismo
da auto-congratulação paroquial

erudito ministério
do pensamento,
como um eremita
dos tempos transmodernos
o vamos honrar

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