És miragem
no cheiro ofuscante
do cravinho das naus
e da carne padecente
dos escravos
como gado
mesmo assim, és porto amigo
por longos anos,
transportando o sangue
de persas, industânicos e malaios
reconfigurando-te
a negritude vaga
de um passado altivo
tu, para sempre navio
fundeado
sobre a âncora da fortaleza
que abrigou
milagres cristãos
ouvindo preces brâmanes
sob a convocação dos muhedin´s
entrosados em uníssono
ritual de homens
que se encontraram
depois de naufragar
em índicas errâncias
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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