Ao voltar a África, o propósito era, naturalmente, o de continuar a trabalhar com o tio Domingos dos Reis, o qual o incentivara a fazer a visita à Mãe, Laura dos Reis, e demais família. No entanto, o tio Domingos tinha outros projectos. Pensara em retirar-se definitivamente de Moçambique e regressar com a esposa e filhas à metrópole. Porém, apesar de ter alguns colaboradores com quem já trabalhava há algum tempo, precisava de alguém em quem pudesse depositar a máxima confiança.

Contudo, era necessário dar forma a essa colaboração; a formalização de uma sociedade por quotas foi a solução encontrada. A sociedade Domingos dos Reis & Sobrinho, Ld.ª foi formalizada em 27 de Abril de 1956; o objecto era o da “exploração de todas as operações comerciais” em que acordassem os sócios, com excepção do negócio bancário. Ambicioso. Como na África de então se podia ser.



Domingos dos Reis constata que a experiência corre bem e decide retirar-se definitivamente do território, reformando-se em Lisboa, e passando a ir periodicamente a Nampula, para se inteirar in loco do curso dos negócios.
Nampula tornara-se já uma promissora cidade, constituindo o epicentro de toda uma próspera e empreendedora região, o Norte de Moçambique, destacando-se o incremento nas culturas agrícolas de algodão, tabaco, sisal, cajú, chá, nas indústrias associadas, na agro-pecuária, bem como em muitas outras actividades comerciais e industriais, além do Ensino e do Comando Militar da Província.
Aspecto geral de Nampula.
No dia 19 de Setembro de 1956, o Jornal de Notícias de Moçambique, de que a firma Domingos dos Reis & Sobrinho, Ld.ª era agente no Distrito de Nampula, noticia o que se entendia ser uma viagem de férias da família do tio Domingos, à metrópole, via Canal do Suez e Itália. No entanto, era o que seria já a viagem de regresso. Definitivo. 

"Notícias" de 19-09-1956.
Em Moçambique, permanece José dos Reis Bravo, ali continuando, de acordo com o firmado, a gestão dos negócios da sociedade.
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