«Vivi na Ilha de Moçambique até aos sete anos [...] Estava tão bem ali. A ilha era pequenina. Havia um automóvel do piloto Nunes, um Fiat pequenino. Tinha uma actividade desportiva razoável. Fazia-se teatro amador . Cinco mil pessoas contando com a população indígena. A escola primária tinha cem crianças.»
«A luz eléctrica, ligavam-na às seis da tarde e desligavam às onze da noite - tinham um gerador. As geleiras eram a petróleo. Não havia aspiradores. Não havia carne porque não havia gado; comia-se galinhas e coisas do mar. Costumo dizer com graça que fui criado a lagosta. Lagosta era ao preço do pão. E fruta: bananas, papaia, toda a gente tinha papaeiras em casa. Leite era condensado».
[Ângelo de Sousa, Pública, de 25.01.09]
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
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