quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A desculpa aos africanos

Pensava que a onda de «desculpas» como movimento de fim de milénio tivesse acabado.
Parece que não. Depois de o Papa ter pedido desculpas pela inquisição, depois de a Alemanha ter pedido desculpas pelo holocausto, julgava que estava tudo perdoado.
O arrependimento e o pedido de perdão, para ser genuíno, é o dos próprios ofensores, e não o "perdão" de terceiros, por muito pios e politicamente correctos que o sejam.
É uma atitude vazia, e, pior ainda, quando não se traduz em factos concludentes.
A escravatura e o colonialismo merecem ser compreendidos, debatidos, exorcizados, se necessário. Uma catarse é sempre positiva.
Mas este "perdão" pode ser a via mais fácil para a inconsequência.

Sem comentários: