Esta ilha é grande"
A Ilha de Moçambique (para os aficionados, simplesmente «a Ilha») - para quem não sabe - é uma porção de terra de cerca de 2,2Kms de comprimento por 2oo metros de largura.
A Ilha foi um lugar predestinado de encontros. De encontros culturais, religiosos, étnicos, científicos e ocupacionais.
A história da Ilha está, em grande medida, por fazer. Há elementos já muito completos sobre a história da Ilha depois da chegada dos portugueses. Não se sabe muito sobre a sua real importância antes dessa época. Não sabemos, sequer, se eram já conhecidos, e em que medida o seriam, os aspectos da Ilha que terão despertado o interesse dos portugueses na sua ocupação e na sua transformação em capital do território até 1898 (ocasião em que foi transferida para a então Lourenço Marques, hoje Maputo).
As edificações da Ilha estiveram, em inícios do séc. XX, em muito mau estado. Talvez não hajam chegado ao estado deplorável em que se encontram hoje muitos desses edifícios (situação exponencialmente potenciada pelo excesso de população - de 1500 habitantes em 1974, para 15.000, actualmente), mas a verdade é que a sua degradação era notável. Assistiu-se, depois, a um processo de reabilitação e manutenção do edificado, que teve o seu momento cimeiro durante o consulado do Dr. Baltasar Rebelo de Sousa (Governador-Geral da Província e autêntico mecenas do território, apoiando muitos artistas moçambicanos, entre os quais Malangatana), em que a Ilha ficou «um brinquinho»: foi o tempo das Jornadas Camonianas, da inauguração da ponte, etc.
Hoje, gostava de partilhar aqui algumas imagens de alguns dos momentos mais gratificantes de uma visita a esse fascinante lugar, concretamente alguns locais de culto, ou melhor, dos cultos praticados desde há séculos na Ilha.
Pátio do templo hindu
Igreja de S. António
Mesquita grande
Mesquita grande
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