quinta-feira, 26 de julho de 2007

O Porto na encruzilhada

M. J. Marmelo tem nisto alguma, quase toda (a), razão. O Porto, hoje, só é belo ao longe. Quando se observa de perto, é desleixado, abandonado, sujo, pouco brioso, é a imagem urbana e humana do desânimo. Basta comparar com a vizinha V. N. de Gaia, para perceber a grande diferença das dinâmicas urbanísticas e mesmo sócio-culturais.
Só não concordo com a exclusiva atribuição de culpas deste estado de coisas a Rui Rio. Este penoso e - a todos os títulos - lamentável cenário foi-se adensando ao longo dos anteriores mandatos de Fernando Gomes (lembram-se dele?) e Nuno Cardoso.
Penso que os piores maus tratos urbanísticos e os envolvimentos negociais que redundaram em prejuízo para a cidade e para os seus cidadãos foram cometidos antes do mandato de Rio. O que sucede é que, com ele, não se criaram - e talvez não se consigam criar - as dinâmicas e o élan que a cidade precisa. O que é pena.

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