Rei
Nasceste para o Mundo no campo
pelado da Mafalala, que foi a tua "escola" e "centro de estágios" (como
se diz agora), onde acamaradavas com Craveirinha, esse outro génio do
desporto e da escrita. Talvez te tivesses cruzado com Malangatana.
Dominaste a bola de trapos que se colava aos teus pés, e impunhas-te, com mestria e respeito, aos teus adversários.
Vieste em menino para um país distante e tão diferente.
Foste admirado, interesseiramente por uns, genuína e merecidamente por quase todos.
Voavas sobre todos os centrais e eras enorme no espanto e na humildade
de menino pobre do subúrbio de um império em erosão, que te
exibia como exemplo da pseudo fraternidade multirracial (tu e a "D.
Amália", como dizias).
Eras o "Rei" (qual "pantera negra"!!), mas um rei de carne e osso, sofrido, nosso, amistoso.
Tiveste o "mundo a teus pés".
Serás sempre o brilho dos estádios e das multidões, pois só as estrelas brilham depois de mortas.
(Escrito em 5-1-2014)
domingo, 5 de janeiro de 2014
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