Cada vez me rendo mais à completude destas históricas actuações.
Nada mais é preciso para a perfeição.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
«Casta Diva» - Maria Callas
domingo, 13 de dezembro de 2009
Racialidade
«Os portugueses foram muito amadores nessa questão da discriminação racial. Você vê na África, nos países de colonização inglesa tem uma ideia de divisão de raça muito mais nítida»
«A África portuguesa tinha questões raciais, conflitos, que os brasileiros desconheciam. O que estou dizendo é que os portugueses fazem isso de uma maneira amadorística, confusa. Não são bons nisso, mas não têm uma ilusão de serem racialmente alguma coisa, porque houve muito tempo de mouros aqui».
Caetano Veloso, "Y", de 11-12-2009
«A África portuguesa tinha questões raciais, conflitos, que os brasileiros desconheciam. O que estou dizendo é que os portugueses fazem isso de uma maneira amadorística, confusa. Não são bons nisso, mas não têm uma ilusão de serem racialmente alguma coisa, porque houve muito tempo de mouros aqui».
Caetano Veloso, "Y", de 11-12-2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
Ilha de Moçambique
Visão
colada à bruma
no infinito ponho
do rosto do eterno
a transparência
Persa negro e branco
cabaias e cofiós
de seda e linho,
em pontilhado, aurora
minha utopia que sangra.
Nos mármores róseos
da fortalez
atua consciência, livre
recria o nada.
(1952)
m’siros na menstruação
dos ventos
no desafiar das pedras
e corais,
nos desventrados barcos
és nova equação
índica, swahili,
das bocas de fome
e afiados punhais
de prata.
[Vírgilio de Lemos, Ilha de Moçambique, A língua é o exílio do que somos]
colada à bruma
no infinito ponho
do rosto do eterno
a transparência
Persa negro e branco
cabaias e cofiós
de seda e linho,
em pontilhado, aurora
minha utopia que sangra.
Nos mármores róseos
da fortalez
atua consciência, livre
recria o nada.
(1952)
m’siros na menstruação
dos ventos
no desafiar das pedras
e corais,
nos desventrados barcos
és nova equação
índica, swahili,
das bocas de fome
e afiados punhais
de prata.
[Vírgilio de Lemos, Ilha de Moçambique, A língua é o exílio do que somos]
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Pedra
Renque de urtigas negras, ó basalto!
Marítimo país,
mais pobre pedra que pedúnculo ou raiz,
marítimo e descalço.
Já os ombros levantam sobre o asfalto
das nuvens as cidades por abrir.
Tu morres lentamente de perfil
alto.
Último azul, ó pedra tumular,
que importa que te chames Portugal.
[Orlando de Carvalho, Sobre a Noite e a Vida]
Marítimo país,
mais pobre pedra que pedúnculo ou raiz,
marítimo e descalço.
Já os ombros levantam sobre o asfalto
das nuvens as cidades por abrir.
Tu morres lentamente de perfil
alto.
Último azul, ó pedra tumular,
que importa que te chames Portugal.
[Orlando de Carvalho, Sobre a Noite e a Vida]
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